Não muito longe dali, numa clareira, em volta de uma pequena fogueira
que pipocava as faíscas brilhantes, um grupo de rapazes, confabulavam segredando
algo que parecia assustador! A lua cheia, com seus raios prateados, completava
aquele cenário sinistro.
Os jovens estavam sentados sobre pedras que formavam um círculo sagrado,
espiando ao longe tudo indicava o inicio de um ritual, como era de costume,
planejavam pregar mais uma de suas assustadoras peças, sempre surpreendendo os
mais incautos.
Agora já a brisa trazia os sons dos passos sobre as folhas secas; os jovens
sentiam que mais uma vez, um caso assustador estava para acontecer!
Atentos aos sons, porém envolvidos pela cumplicidade do momento, petrificados de
medo, viram em sua frente, saindo da mata, um vulto, envolto em algo igual a um
lençol, cujo branco era quase fluorescente. O pânico tomou conta da “tribo”,
estavam praticamente imobilizados, enquanto o personagem recém chegado se
aproximava, o “tum-tum” de seus corações pareciam tambores anunciando uma
eminente confusão; foi quando o personagem, já quase em cima deles, explodiu em
uma gargalhada assustadora, imediatamente retirou o lençol brilhante,
escancarando-se aos olhos deles, arregalados e ao mesmo tempo aliviados, pois
reconheceram ali, na cena, um dos participantes da “seita”, de cuja longa viagem
acabara de voltar, não resistindo à tentação de pregar-lhes um merecido susto.