SILÊNCIO



Quando a tarde se apaga,
Nasce uma estrela
E com ela o silêncio.
O silêncio não se ouve
Apenas se recolhe
Em meu regaço.
É nele que meus sonhos despontam
Que meus olhos apontam
E que tu renasces.
Em redor não há nada,
Oiço-o ameaçador
Com muita dor…
Tu partiste...
O teu rumor em vaga distante
Contigo fluiu.
Agora saboreio o silêncio
Feito de mágoa
Que já fora Amor.


Luísa Fernandes ( Mãe)

23/1/04
 



SILÊNCIO


Olhei.
Era o silêncio da ausência
Falta da sua presença
No meio do meu caminho.
Todos os dias havia luz,
Barulho para os meus ouvidos
Mas agora… só o silêncio o realça.
Quem me dera que nada mudasse
Depois daquele dia
Daquela tarde…
Incrimino essa tarde pelo sossego
Que agora a caracteriza
O silêncio dos seus olhos
Do seu sorriso
Do seu olhar…
Havia noites em que esperava um toque
Um único toque de telefone
Que se tornou mudo desde então.
Mas ainda espero…
A esperança não morre
Nem nunca morrerá
Pois estarei sempre à espera
De quebrar o silêncio
Que agora nos representa.


Vanessa Graça ( Filha)

Portugal - Fevereiro 2006