Enquanto a chuva cai

Marilena Ferioli Basso
 


Cai a chuva de mansinho,
A noite está tranqüila,
Só se ouve a canção suave
Dos pingos no telhado.
Meu pensamento voa,
Alcança o mundo lá fora,
Verdadeiro campo de batalha.
As pessoas se devoram,
Destroem seu próximo no vapor.
O egoísmo se expande
Fazendo da terra
Verdadeiro inferno.
Não existe liberdade
Para fazer o que se quer,
Tem sempre alguém botando ordem
Onde não é chamado
E, muito menos bem vindo...
Quebrar tabus,
Impor regras,
Romper tradições,
Violar costumes,
Ultrapassar limites de liberdade
São tarefas para aqueles
Inteligentes e ativos
Capazes de desobedecer
Mas que levam nas mãos
As soluções dos problemas...

 



A chuva aperta,
Caí água em bicas,
Um relâmpago ilumina a sala,
Trovão machuca o tímpano,
Vento balança a cortina...
Meu pensamento retorna,
Enfrenta a dura realidade,
Não vejo muitas saídas
Para melhorar a sociedade.
Elevo a Deus uma prece,
Peço ajuda e misericórdia:
Que a luz desse raio,
Se transforme em farol,
Ilumine a inteligência do homem
Para que todas as suas obras,
Tenham por alicerce "O Amor"