Pontos
distantes
Marilena Basso
Uma rajada de vento frio
Bate em minha face,
Provoca arrepios,
Toma conta do meu corpo,
Me torna ausente.
Começo a levitar,
Viajo para o Pólo Norte
Rumo ao encontro do
Papai Noel.
Sento-me ao seu lado
No velho, mas
confortável trenó.
Observo as renas já
impacientes
Para o início da grande
aventura.
Minha intenção é
participar,
Descobrir os que serão
agraciados
Com a visita do bom
velhinho.
Na primeira etapa da
viagem,
Sobrevoamos bairros
iluminados:
Casas muito enfeitadas,
Mesas postas com fartas
iguarias,
Som nas alturas,
tremenda algazarra.
Descemos, e aí
descarregamos
Caixas enormes,
Com laços brilhantes,
Pesadas "prá caramba".
Coitado do Nicolau!
Entorta-se todo,
Para poder carregar,
Desembarcar as
encomendas.
Tiritando de frio,
Seguimos viagem,
Procurando evitar
atraso.
Olho para baixo:
Vejo luzes mais fracas,
Algumas casas
semi-iluminadas,
Pequeno movimento de
transeuntes,
Uma música aqui, outra
acolá.
Feita a parada, de forma
rápida,
Ajudo Noel a descarregar
Os presentes
encomendados.
Uma entrega em cada
lugar,
Pontos distantes,
Nem todas as casas foram
visitadas,
Tarefa concluída sem
nenhum "stress".
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