Saudações amigos escrevedores

Lá nos confins do Nordeste da Bahia
Desafio é de faca ou de prosa
O capoeira que pega, o repentista que canta
Para saber o resto dessa história
Sorria!
Vai ter que encarar essa montaria...
Palavra de paim Marcolino e o filhote Marcos, que vieram de lá
Opaaaa!


Vem de Lá

Vindo lá do agreste,
caindo no coração da Bahia
Sou metido a cabra macho da peste
De um pedaço chamado Cachoeira

Que sem eira e nem beira
Se tu titubear,
como carcará te roubo um beijinho
Como aquele dado pelo anjinho
Descendente de nordestino,
nunca atino

Apenas tiro fino de um dedim de prosa
Para deixar você duvidosa
Se realmente és gostosa ou jeitosa
Oh, cabrita cheirosa!

Te ponho uma veste
de asa branca na pressa
Te levo para uma casa
Com jeito de igreja,
ora veja
Só para casar comigo,
isso eu consigo...

Para os passantes , digo e repito
Posto a minha fala dita
Estou te querendo flor bendita
Oh Padim, como é difícil mulher bonita!

Te digo, cabocla da peste.
Não sou sulista, artista nem ativista
Nem mesmo um falso manobrista
Muito menos um anarquista
Nem um doutor alquimista,
etaaaa!
Sou somente um aprendiz de repentista.

Vigiiiii...

Marcos Milhazes***

 

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