Pai


Nos pesadelos da noite escura,
Secavas o meu pranto e me carregavas;
Em desespero, eu apenas chorava...
não via o mundo... O meu espírito era puro!...


Sem entender, eu estava seguro;
Sentia na pele o teu suor da estrada;
Construías pra mim a tua paz sonhada;
...cada tijolo teu era o meu futuro!


Sem quinhão, querias manter o meu sorriso;
Quantas noites sem dormir foram preciso!...
... E a fome e sem dinheiro no bolso!?


Hoje... Tudo foi um sonho... E eu me agito!
O leite minguado estancou o meu grito;
... Não canso de acariciar o teu rosto!



Machado de Carlos


Ribeirão Preto, 08 de agosto de 2003.


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